domingo, fevereiro 25, 2007
Camille Claudel
Outro dia esbarrei numa crônica antiga do Caio Fernando de Abreu e ele contava que, uma vez, andando deprimido por Paris, foi parar na frente da casa de Camille Claudel. Havia uma pequena placa que dizia: existe sempre uma coisa ausente que me atormenta. E dizia Caio: Algo sempre nos falta - o que chamamos de Deus, o que chamamos de amor, saúde, dinheiro, esperança ou paz. Sentir sede, faz parte. E atormenta. O final era ainda mais lindo. Quando um dia você vier a Paris, procure (a placa). E se não vier, para o seu próprio bem, guarde esse recado: alguma coisa sempre faz falta. Guarde sem dor, embora doa, e em segredo. E saber disso, que alguma coisa sempre falta, bem, isso já é um alívio.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário