quinta-feira, novembro 30, 2006

Corra, Nana, Corra




Run, run, run...
Quando o cara é um zé mané, até que é fácil. Somos capazes de fazer coisas como se tudo não passasse de um ritual rotineiro.
Agora.... algumas vezes na vida e outra na morte aparece um cara que talvez realmente valesse a pena. E o que você faz?
Run, run, run!
Corremos como loucas. Corremos em direção oposta a ele. Fugimos como se tivéssemos roubado uma coisa em uma loja! Fugimos do cara como se ele fosse o Elias Maluco!
Por que? Ora, ora, porque ele é um cara que realmente pode ser que venha a valer alguma coisa (seja dor de cabeça, uma paixãozinha, conversas incríveis e algumas mudanças sutis em seu guarda-roupa).
Run, run, run!
Corremos dele. O que esse ser legal e bacana poderia querer alguma coisa com a gente? Amizade, no máximo.

quarta-feira, novembro 29, 2006

Chega de verdades


A verdade é linda. Para Nietzsche a verdade é um ponto de vista. Só que muitas vezes o mundo já é tão cruel e chato que você simplesmente não está a fim de ouvir verdade. E nem de achar que a verdade é útil, apesar de ser verdade.
Isso porque em algumas épocas, todo o mundo, seus amigos, sua mãe, ex namorados, resolvem que chegou a hora de você ouvir algumas VERDADES. E lá vem aqueles papos: ele não te ama mais, ele só quer ser seu amigo, você emagreceu, ele é roubada, você é egocêntrica, você estuda pouco. Tudo bem, é tudo verdade, ou talvez seja. Mas para que falar agora? Tem vezes que a gente não está a fim de ouvir aquelas coisas, inclusive porque a gente já sabe da verdade.
As pessoas que falam VERDADES muitas vezes têm problemas. Você está cansada, confusa, e lá vem aquela saraivada de coisas sobre a sua vida. E você tem que engolir tudo à seco_não pode nem tomar um café porque vão dizer que você toma café demais, o que, inclusive, é verdade.
É importante lembrar que falar a verdade é diferente de falar VERDADES. Verdade é dizer algo como, é, o seu namorado ficou com duas em uma noite (mas nem isso deve ser dito sempre). VERDADES são aquelas análises todas sobre a sua vida baseadas em suposições.
E, se é para ser suposição, porque não pode ser uma positiva! Sim uma mentirinha sincera pode ser boa vez ou outra. Já que o seu interlocutor está dizendo o que acha (achar não é ter certeza) pode te mimar falando: ele ainda te ama, aquele outro está a fim de você, você engordou etc.
Espero mentirinhas deliciosas. E se você leu esse texto e achou uma baboseira, não me diga. Não quero ouvir essa verdade.

segunda-feira, novembro 27, 2006

Mulheres, quando nasceram, foram amaldiçoadas (ou abençoadas) com a praga do "o que ele está pensando?" E "o que a formiga está pensando" e "o que este poste de concreto está pensando?".
Pensamos tanto no que os outros estão pensando que até nos esquecemos de pensar no que nós estamos pensando. Pior: ficamos pensando no que os outros estão pensando ao invés de pensarmos coisas interessantes!
Sempre desconfiamos que há a possibilidade de um ser vivente - uma ameba, uma grama, um passante - estar tendo pensamentos que irão mudar o rumo da NOSSA vida. A paranóia é quase grave. Que ele está a fim de você, que ele não está a fim de você, que ele acha que você está a fim dele, que ele não acha que você está a fim dele, que ele te ama,que ele não te ama e todas as probabilidades possíveis surgidas desta análise combinatória.
A qualquer ruga do sujeito estamos prontas a enlouquecer. Porque ele pode estar pensando algo! O que é uma coisa aceitável. Porque, das duas a uma: ou ele está fazendo meditação avançada ou está mesmo pensando em algo.
Enquanto isso, nós - neuróticas, malucas, que sabemos que os homens pensam muitas coisas que não dizem porque também são neuróticos e malucos - trocamos 1000 messagens, 349 telefonemas e 29238378 tranmissões de pensamento com nossas amigas!

quinta-feira, novembro 09, 2006



"O que se leva da vida é o amor dos amigos". Estou descobrindo é a maravilha que é ter amigos de infância que você conheceu há meses. É claro que os amigos de infância mesmo continuam. Eles são amados. O que acontece é que vez ou outra aparecem novas pessoas e você se apega a elas e elas se apegam a você. O início de uma amizade é tipo o início de namoro. Vocês estão tão apaixonados que fazem coisas que não fariam mais por um amigo de anos. É o início de uma relação. Então, eles ainda não sabem as besteiras que a gente fez na vida e não vão nos lembrar de coisas do estilo: "quando você estava com o fulano você deixou de sair à noite." Frases como "não minta porque eu te conheço" também estão abolidas. Quanta liberdade! Mas o mais legal mesmo, o mais sensacional de tudo, é que um novo amigo de infância provavelmente vai virar um amigo antigo. Muuuito melhor que um namorado. Com o ex, a verdade é, um dia tudo vai acabar. Com amigos novos... tudo é alegria, diversão e falta de medo. Com um novo, é o de sempre, falta de ar, frio na barriga e um amigo novo de infância gritando para você: "se joga Di!"

Eu, só eu e eu somente


O humano é um ser carente por natureza. Estamos sempre andando em grupos de dois, de três para nos sentirmos parte de alguma coisa. Quando a situação agrava, começamos a andar em hordas (para nos sentirmos parte de uma coisa maior ainda!). É claro que é bom ter um milhão de amigos para bem mais forte poder cantar. Mas solidão também faz bem. Solidão, aliás, é uma das palavras mais injustiçadas da língua portuguesa. Por que estar só não pode ser tão ruim assim. Só que um ser solitário, segundo nosso cruel dicionário, é "abandonado de todos, reduzido à solidão. Que não se adapta à sociedade". Ora, porque não experimentar um pouco de solitude? Não SER só e sim ESTAR só. Uma simples tarde de "sozinhês", sem que isso signifique um estado de reflexão grave sobre o verdadeiro sentido da vida, quem somos, para onde vamos... (Principalmente porque, se formos pensar: a vida definitivamente não faz sentido!) Bote seu melhor CD e deixe a televisão ligada, sem volume. Só para sentir os raios catódicos fazendo bem para a sua pele. Fica você, só você e você somente, com seus pensamentos diários. E que não precisam ser pensamentos sensacionais. E mesmo assim, é bom.

domingo, outubro 22, 2006

A lista de tarefas não cumpridas do dia cinza




Cinco e-mails que precisam ser mandados.
Dez amigos que é preciso encontrar porque a saudade grita.
Resumo de política que não foi feito.
Uma dor no peito que não passa.
Capítulo de Vigiar e Punir que não foi lido.
E eu mato tudo isso. Não consigo cumprir a lista simples de tarefas que me esperam. No dia cinza deixo tudo de lado e corro para o salão que amo e me dá desconto. A culpa me matando. Mas tudo o que precisoa é pintar a unha de uma cor boa. Para depois mandar cinco e-mails, estudar, fazer resumo...